terça-feira, 8 de setembro de 2015

UM SONHO POSSÍVEL (2009)

Mãe é a que cria

UM SONHO POSSÍVEL (The Blind Side / 2009) - Tudo começou em setembro de 2006 para Michael Oher. O jornal The New York Times publicou uma reportagem com o título de "The Ballad of Big Mike", falando de um jogador de futebol americano muito talentoso que se destacava em uma escola pequena de Memphis. Não só o talento, ele era grande e muito forte. Nada nem ninguém parecia poder passar por ele. Michael se destacava também pela simplicidade.

O verdadeiro Michael Oher na juventude

A reportagem chamou a atenção do jornalista Michael Lewis que estava pesquisando sobre a evolução da tática no futebol americano nos últimos 30 anos. Lewis publicou o livro "The Blind Side" falando sobre a evolução do jogo e do jogador Michael Oher. O livro vendeu muito bem, ao mesmo tempo que a carreira de Michael deslanchava. O jogador entrou para a NFL em 2009, mesmo ano do lançamento de Um Sonho Possível, filme de John Lee Hancock.

O livro que tirou Oher do ostracismo e lhe deu fama

Hancock é ainda novato como diretor de cinema. Ele dirigiu recentemente o fraco Walt nos Bastidores de Mary Poppins com Tom Hanks e Emma Thompson, mas em Um Sonho Possível ele estava afiado. Arrebatou vários prêmios e revitalizou a carreira de Sandra Bullock, que levou o Oscar pela ótima atuação. Bullock passou a ser levada mais a sério como atriz e concorreu novamente ao Oscar em 2014 com Gravidade, mas perdeu para Cate Blanchett que estava genial em Blue Jasmine.


John Lee Hancock dirigindo Sandra Bullock

Em Um Sonho Possível uma família rica decide adotar um calado jovem negro grandalhão. Se simpatizam com ele. O matriculam na escola local, a mesma dos seus filhos. Claro que ele acaba virando o centro das atenções - um negro numa escola rica. Michael Oher é vivido por Quinton Aaron e cumpre bem o seu papel. Qualquer semelhança com Forrest Gump não é mera coincidência, o personagem aqui foi construído naqueles moldes. A cara de menino perdido e "lerdinho" domina a expressão de Aaron o filme todo.

O grandalhão com cara de cachorro abandonado

Sandra Bullock vive brilhantemente a mãe dessa família. Dentro da casa é ela quem dá as cartas e comanda as ações. Foi dela a ideia de adotar Michael e de conduzi-lo depois ao futebol americano. O jogador teve um ascensão meteórica na carreira e atingiu certo sucesso defendendo as cores do Baltimore Ravens. Mas o filme foca no começo dessa história, principalmente enfrentando os preconceitos, como o da família branca e rica que adota um menino negro e pobre.

A família reunida com seu mais novo integrante

Bullock interpreta um mulher que age como superior a todos o tempo todo, mas não de uma forma depreciativa, é o contraponto perfeito. Uma personagem durona com coração mole. Sandra Bullock inspirada mereceu todas os prêmios que levou.

Ninguém comanda Michael como a "mãezona"
Um Oscar que valeu por cada minuto de Sandra Bullock em "Um Sonho Possível"

O filme combina o amor do norte americano pelo futebol - o"deles" - e um personagem querido adotado por uma família rica de bom coração. É a equação perfeita, um passo a mais, que vai além do sonho americano. Mas é bom que se diga - o Oher da vida real não tem nada a ver com o Oher do filme. Mas vende, né. De vez em quando é bom acreditar que alguns sonhos podem se tornam possíveis, mesmo que um pouco floreados.  


Michael Oher e sua família - pouco depois do atleta entrar para a NFL

Veja abaixo o trailer de Um Sonho Possível.

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